quinta-feira

Pobres pagam 44% mais impostos do que ricos

por KAREN CAMACHO

Editora-assistente de Dinheiro da Folha

Os impostos no Brasil pesam mais sobre os que têm menor renda. Os 10% mais pobres pagam 44,5% mais do que os 10% mais ricos, de acordo com pesquisa elaborada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Segundo o estudo, a carga tributária representa 22,7% da renda dos 10% mais ricos. Para os 10% mais pobres, no entanto, o peso equivale a 32,8% de sua renda.

Os dados, obtidos pela Folha Online, serão apresentados pelo presidente do Ipea, Márcio Pochmann, nesta quinta-feira ao CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social). O objetivo, segundo ele, é oferecer elementos para a discussão da reforma tributária.

"Esse é mais um elemento que comprova a injustiça tributária, que acentua a desigualdade entre os brasileiros", afirma Pochmann.

A explicação para a diferença entre o peso dos impostos está na forma de cobrança.

A base da arrecadação no Brasil é mais forte na chamada tributação indireta, ou seja, embutida em alimentos ou bens de consumo. Como o brasileiro mais pobre gasta a maior parte de sua renda em consumo, paga mais impostos.

Considerando apenas a tributação indireta, a carga dos mais pobres é de 29,1%, contra 10,7% dos mais ricos.

Na comparação apenas da tributação direta, como o Imposto de Renda, os mais pobres pagam o equivalente a 3,7% de sua renda, enquanto que os mais ricos pagam 12%.

"O mais pobre compromete mais a sua renda com produtos de sobrevivência, por isso paga mais imposto. A tributação é indireta, que tem estrutura fortemente regressiva", afirmou.

Para Pochmann, esse modelo é inaceitável. A pesquisa mostra que, por conta da tributação desigual, a concentração das riquezas continua fortemente nas mãos dos mais ricos. Ele defende a criação de um imposto extra sobre fortunas ou heranças, no caso de patrimônios.

A pesquisa do Ipea também mostra um dado inédito. A carga tributária do país, excluindo as transferências de renda e pagamento de juros, cai a 12%, considerada por Pochmann insuficiente para que o Estado cumpra as suas funções.

1 Comentários:

Às 10:40 AM , Anonymous Anônimo disse...

Oi, Betinha, eu estava lendo seu blog, achei legal. Você é militante dos tucanos, né, pois odeia petistas. Eu também detesto, mas também odeio os tucanos, que são mafiosos que vestem roupas de grifes, ao contrário dos sindicalistas do PT, que são mal vestidos e pobres e não fazem a barba, nem conhecem vinhos.

Então, sobre o dossiê, há uma coisa bem simples que não é explicada por aí. Um jornalista da revista Época entrevistou o senador Alvaro Dias quatro vezes, e ele deu quatro respostas diferentes para explicar por que o dossiê estava em suas mãos. Na primeira ele disse que achou numa mesa do senado. Depois disse que ganhou de um deputado petista. Depois disse que um jornalista de uma revista grande mostrou para ele. Depois disse que o documento apareceu na mesa dele. Na verdade, foi um e-mail recebido por um de seus funcionários. Fica claro que o funcionário pediu a planilha, que não tem nada demais, para passar a um senador respeitável, pois ele usa roupas de grifes e toma vinhos caros, e o petralha passou o e-mail (uma simples planilha não é um dossiê, ainda mais que ela foi modificada, tirando o pênis de plástico comprado pela Dona Ruth num sexy shop!!!).

Quando o nome dele surgiu no meio da sugeira, o senador Demostenes Torres, do DEMO, disse que o documento não é dossiê e portanto não é crime o que o funcionário petralha fez. Mas aí a imprensa tirou o nome do Alvaro Dias e tudo voltou a ser crime de novo. Quando o funcionário disse na PF que o senador estava por trás disso, o senador disse que ele é um comissário do governo, pago para prejudicar a honra honesta dos tucanos. Mas e as quatro respostas diferentes que a revista, que mesmo sendo de direita e dando sustentação aos tucanos, mostrou?

Não é tudo uma sujeira só? hahah. Ai, esse país é um droga mesmo... Duas quadrilhas no poder, uma chic, outra pé rapada, ninguém merece, ne?

Bjs

A Político

 

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial