domingo

Brasil: 14,6 milhões de pessoas com mais de 15 anos que não sabem ler nem escreve






“Programas para a educação de jovens e adultos são elaborados no Brasil desde a década de 30. Já deveria ter dado tempo de erradicar o problema”.
(Rosineide Magalhães, pesquisadora)







Saber ler e escrever é um dos direitos mais básicos dos seres humanos. Embora tenha-se comemorado o Dia Internacional da Educação (8/7), pelo menos em termos de alfabetismo, o mundo ainda tem pouco a festejar. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), existem atualmente cerca de 771 milhões de adultos e jovens analfabetos em todo o planeta.


Um dos grandes motivos para uma taxa de analfabetismo tão elevada é a pouca preocupação dos governos com o ensino nessa faixa etária. Os dados da UNESCO confirmam que apenas 1% dos orçamentos nacionais de educação é destinado à alfabetização de jovens e adultos. Nos últimos dois anos o Brasil conseguiu superar a média mundial, destinando a esse tipo de ação cerca de 4% da sua verba para educação em cada um dos anos de 2005 e 2006.

Apesar disso, não conseguiu superar o problema ainda considerado um dos mais graves do país. No território brasileiro ainda existem 14,6 milhões de pessoas com mais de 15 anos que não sabem ler nem escrever, de acordo com dados da Secretária de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) .

Apesar da verba brasileira destinada à erradicação do analfabetismo ser superior à média mundial, esse problema ainda atinge 11,4% das pessoas com mais de 15 anos. A pesquisadora em educação e professora da Universidade Católica Rosineide Magalhães acha que esse é um índice muito alto para um aspecto tão fundamental à vida de qualquer pessoa. “É preciso trabalhar o analfabetismo, pois ele é um problema muito sério. Afinal, ele impede que boa parte da população possa circular de forma adequada na sociedade”, explica a pesquisadora.

“A deficiência não é uma questão de verba, mas sim de falta de interesse político aliada à má gestão dos recursos destinados a ações de combate ao analfabetismo”, conclui.

http://contasabertas.uol.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=1500

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