quarta-feira

BOLSA-VOTO


Bolsa Família deu 2,9 milhões de votos para Lula, diz estudo

24/07 - Agência Estado


O programa Bolsa Família foi responsável por três pontos porcentuais da votação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições presidenciais de 2006, quando ele atingiu 61% dos votos válidos. O número representa 2,9 milhões de votos.
Este é o principal resultado de um trabalho recém-concluído do economista Mauricio Canêdo, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro, que utilizou uma base de dados de 3.397 municípios.

Os quase 3 milhões de votos representam pouco se considerado que 11 milhões de famílias já recebiam o Bolsa Família em 2006 e uma grande parte delas com certeza tem mais de um eleitor. “A mensagem é que o Bolsa Família dá votos, já que 3% é alguma coisa, mas dá menos do que a maior parte das pessoas pensa”, resume Canêdo.

O economista empregou uma metodologia estatística sofisticada, na qual cruzou as votações municipais em Lula no segundo turno de 2006 com a proporção de famílias que recebem Bolsa Família em cada um deles e mais 16 indicadores por município que podem influenciar a tendência de votos. A sua conclusão é que, na média dos municípios, cada ponto porcentual a mais de lares que recebem Bolsa Família representa uma votação adicional de 0,55 ponto porcentual em Lula.

Para chegar ao impacto total de três pontos porcentuais, Canêdo fez o que se chama de um exercício contrafactual: ele estimou qual teria sido a votação de Lula em cada um dos 3.397 municípios caso não houvesse nenhuma distribuição de Bolsa Família. Para conseguir isolar o efeito do programa, Canêdo montou um modelo estatístico que filtra a influência de uma série de outros fatores que afetam cada município, para os quais ele também detém uma extensa base de dados: a votação no segundo turno de 2002, crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, urbanização, densidade populacional, distância da capital, a presença ou não de prefeito e governador do PT, desigualdade e analfabetismo, entre outros.


As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
Imagem: http://bogdopaulinho.blogspot.com/2008/07/elite-burra-x-distribuio-de-renda.html

segunda-feira

2009: como cuidar do orçamento


É possível vencer a atual tempestade e encerrar o ano de 2009 no azul? Saiba a seguir o que fazer e o que evitar até que o vendaval econômico internacional tenha passado.

1. Em meio aos recentes cortes de funcionários em algumas empresas do país, há alguma maneira de garantir a manutenção do meu emprego?
2. Como os funcionários podem ajudar as empresas em que trabalham a driblar a crise?
3. Estou desempregado. Tenho chances de conseguir uma vaga neste momento?
4. Em quais setores devo focar minha busca?
5. A instabilidade econômica torna as compras a prazo um mau negócio?
6. Este é um bom momento para investir em aplicações financeiras?
7. Quais são as mais seguras?
8. Quais cuidados devo ter ao aplicar meu dinheiro?
9. Este é um bom momento para investir na Bolsa de Valores?
10. Pretendo comprar minha casa própria. Quais os riscos de assumir uma dívida tão grande?
11. Devo deixar as viagens internacionais para depois?
12. Então o melhor é deixar a viagem para as férias de julho?
13. Trocar de carro agora é uma boa ideia?
14. Como chegar ao fim de 2009 com meu orçamento no azul?
15. E como fazer para controlar o orçamento familiar?

Por CPI da Petrobras, Lula mantém apoio a José Sarney no Senado

da Folha de S.Paulo, em Brasília

Apesar de avaliar que a situação do senador José Sarney (PMDB-AP) ficou mais delicada nos últimos dias, o presidente Lula não pretende abandoná-lo por temer perder o apoio dos peemedebistas na CPI da Petrobras.

Lula, contudo, deve reduzir as manifestações públicas em defesa de Sarney e atuar mais nos bastidores a partir de agora. Segundo um assessor presidencial, seu chefe não quer dar motivos para que o PMDB no Senado tenha uma posição hostil aos interesses do governo.

O presidente comentou com um aliado que não deseja enfrentar, na reta final do governo, uma nova CPI no estilo da que investigou o mensalão, sobre a qual perdeu o controle e que levou assessores a recomendar que ele desistisse da reeleição.

Na avaliação de Lula, se abandonar Sarney, o PMDB pode se aliar a tucanos e democratas e minar a candidatura de Dilma Rousseff --a ministra da Casa Civil preside o conselho de administração da estatal.

Dentro do governo, porém, a avaliação é que a crise ficou mais complicada após as revelações da última semana e talvez nem mesmo o aval de Lula seja suficiente para segurá-lo no cargo. Na semana passada, mesmo depois de o jornal "O Estado de S. Paulo" divulgar gravações em que Sarney trata de nomeação de um namorado de sua neta para cargo no Senado, Lula ligou para ele reafirmando seu apoio.

No sábado, a Folha revelou que, a mando da Justiça, a Receita realiza uma devassa em negócios da família Sarney. Auditores detectaram elementos que configuram crimes contra a ordem tributária, como envio ilegal de recursos ao exterior e lavagem de dinheiro. Sarney continua dizendo que não irá renunciar. Amigos não descartam a possibilidade de ele pedir licença, a depender do estado de saúde de sua mulher, Marly.

Nesta semana, apesar do recesso parlamentar, senadores da oposição prometem se articular pela saída de Sarney. Além de referendar os processos já protocolados no Conselho de Ética, a oposição quer reunir novas denúncias para avaliar se ingressa com mais uma representação.